terça-feira, 30 de agosto de 2011

Deliberações sobre o amor I

Uma hora a gente aprende que não devemos esperar demais, e nem exigir tanto dos outros, mas que também não se deve desacreditar de tudo, pois ainda existem pessoas realmente interessantes e boas por aí. Chega-se a conclusão de que a paciência é a maior dificuldade do ser humano, mas se bem trabalhada, pode nos trazer bens valiosíssimos, amores pra vida toda. Ter amigos é realmente importante, mas quantidade nunca será qualidade. Aprenda a fazer amigos, não colecioná-los. Sim, é possível amar várias vezes e das formas mais variadas. Acredito que o amor seja algo inesgotável, sem definição. E é justamente por não sabermos definí-lo, que ele me parece ser um dos sentimentos mais bonitos que alguém pode sentir. Se até agora os seus amores não deram certo, era porque a sua vida ainda tinha muitas voltas para dar. Quando um relacionamento acaba, não acabam-se as oportunidades para sempre, era apenas o meio do filme, não o final. Não seja realista demais a ponto de não acreditar em "felizes para sempre", filmes que relataram isso nunca foram de ficção, e o amor nunca foi um sentimento inventado pelo homem, embora acredito que ele tenha sofrido grandes transformações com o passar dos anos. Enquanto alguns buscam relacionamentos de curta duração para saciar a sede momentânea, eu busco algum que me dê de beber a vida inteira.

domingo, 28 de agosto de 2011






"Dizem que não devemos gritar alto nossa felicidade, e eu concordo. A felicidade alheia acorda os invejosos do sono profundo. Por hora, só posso desejar que tudo isso dê muito certo, é o que eu posso dizer no momento."




quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Música brasileira.

Não, eu não escuto muito música brasileira. Não gosto muito desses artistas de MPB que tem aparecido de uns meses pra cá. Minhas músicas no momento, são bastante variadas internacionalmente. Tenho dado pouca atenção para o Brasil, estou buscando conhecer um pouco da música dos outros países, sabe? Porém, toda vez que me dá uma vontade de ouvir algo bonito na voz de alguém da minha terrinha, abro logo a pasta com as músicas do Leoni e é só felicidade. Quem nunca quis esquecer um amor? Quem nunca procurou por um? Quem nunca foi machucado? Leoni fala sobre isso e muito mais, e é por isso que eu gosto tanto dele. Essa é uma das minhas músicas preferidas do cd "Outro Futuro". Espero que gostem, até mais.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A pior fase da minha vida.

Não sei quando foi que desviei o caminho, mas foi ano passado, disso eu ainda lembro.Talvez tenha sido aquela calça a mais na sacola, a blusa que eu não precisava, os infinitos cosméticos, produtos para espinhas, cabelo, corpo. Tentar ficar mais bonito, acabar com a acne, e ter um cabelo que não beirasse o ridículo custou caro. E não valeu nadinha, hoje eu tenho noção disso. Mas o estrago está feito, e ainda que tenha sido há um ano atrás, me prejudica até o exato momento. Quando uma bola de neve se forma, ou você a arremessa no sol quente, ou sofre as consequências. Achei que ela iria desaparecer com o passar do tempo, mas ela cresceu. E está me tomando por completo. Acabando com a minha vontade de estudar, de trabalhar, de sair de casa, de pensar, escrever, malhar. Acabando com a minha vontade de cantar, amar, viver, sonhar. Esse não é um daqueles problemas que você chama o melhor amigo, e uma simples conversa te faz ver uma luz no fim do túnel. Ninguém pode me ajudar. E aí meu corpo dói. Dores da academia, dores de angústia, dores de tristeza, dor na alma, lá no fundo. É tão grande que não sinto vontade de chorar, ainda que eu faça um certo esforço. Não, eu não tenho quem passe a mão na minha cabeça e diga que vai ficar tudo bem. Não tenho distrações, estou sempre com isso na minha cabeça, o tempo todo. Está difícil acordar, rezar para que eu consiga uma carona, que alguém se sensibilize, que eu consiga chegar na faculdade a tempo de pegar uma aula completa. Não ir a pé. Eu estava lidando com as dores do coração e já achava isso o fim do mundo. Quando todas as outras áreas da minha vida começaram a se encharcar, uma foi infectando a outra, e agora tudo dói. Pele, coração, cabelo, unhas, pêlo. E não adiantou nada bancar o vaidoso, tentar ser bonito. Percebi que ninguém nunca elogiou meu cabelo, quando ele estava bonito e hidratado. Ninguém nunca disse que minha pele tinha melhorado de aspecto, devido os produtos que eu estava usando. Ninguém nunca disse que meu perfume importado era de bom agrado, e nem que academia estava realmente me deixando apresentável. De nada adiantou se envaidecer. Ninguém viu, percebeu, comentou, ligou. E nem que eu plante bananeira no centro da cidade, isso vai mudar. Vai ter que ser sempre eu a me elogiar, me amar, e dizer que eu posso chegar onde eu quiser, do contrário, se for esperar isso de terceiros, eu perco toda uma vida e chego até a morrer.

domingo, 21 de agosto de 2011

Palavras são seres vivos.

Sabe quando o tempo escurece?
Quando você acorda e sente seu corpo pesar,
como se não houvessem motivos para temer a dor, a morte, o mau cheiro vindo pelos cantos?
Até que um dia,
você acorda e sente um sabor doce escorrendo pelos lábios, mas ainda
não era o que você esperava.
Não é uma tropa vindo te salvar, não é a saída permanente, 
não é o fechamento de um ciclo.
Mas é a corda. 
É o abraço que você precisava, são as palavras que você queria ouvir,
é a metade do caminho, um terço da dor tirada dos ombros.
Não era só eu e eu mesmo como eu pensava, haviam eles,
as cordas, as ataduras, amuletos e salvações.
Não necessariamente no plural.
Sendo assim, se engana quem acha que palavras não mudam o mundo, elas
possuem mais força do que imaginávamos, mas as tratamos como
se fossem descartáveis, como se ao dizê-las sem pensar antes,
não estivéssemos cometendo o maior delito que há no mundo:
empregar palavras bonitas em momentos imundos.



sábado, 20 de agosto de 2011

Ele e os outros. (Pt2 - final)

E então, se encontraram na praça. O outro chamou ele para ir até seu apartamento, que ficava bem próximo dali. Eles foram. Pequeno, aconchegante. Fazia frio, não deveria ter sido perfeito? Não foi. Começou bem, com conversas sobre tudo, até mesmo íntimas, assim tão cedo, precoce. Ele supôs que uma conexão estava começando a ser estabelecidade, se enganou. Havia muito ex na conversa. Muita bagagem, e ele percebeu que seria difícil, começou uma luta interna para decidir se ficaria ali ou iria embora. O outro lhe deu esperanças, disse que queria tentar. Ele, então, viu que tentar não seria problema, mas disse que não podia lhe dar certezas. Se entenderam, aparentemente. Começou a ficar tarde, e ele precisava ir embora. Um aperto de mão, até logo. Ele não criou esperanças, deixou todos ali, na beira da calçada e seguiu até o carro. Durante a viagem até sua casa, foi se convencendo de que teria terminado ali, a história de mais um início com fim. Com o passar das semanas, ficou se perguntando o motivo de tantas mentiras, o motivo do outro ter dito "vamos tentar" se isso não iria acontecer de fato. Por que as pessoas ainda insistem em mentir? Parece muita ingenuidade ele se perguntar isso?

sábado, 13 de agosto de 2011

Passatempo definir.

E vira assunto de roda. O que você acha de fulano? Acho que ele é triste demais, tudo que ele escreve ecoa em trágedias. E por aí vai. Eu sempre fui tão fechado, a ponto de nem minha mãe saber me definir direito, dizer as coisas pelas quais eu sentia interesse. Sempre que abro a boca para dizer que gosto de tal coisa, é uma surpresa. Como eu acabo falando mais fora de casa, os outros tendem a me definir como querem. E eu não sou assim, do tipo que chega nas rodas de desconhecidos sendo transparente. Nunca serei transparente com desconhecidos. Irei continuar na defensiva, observando, até ver motivos suficientes para tirar a armadura e mostrar quem sou de verdade. Não faço isso por medo de arriscar, faço isso por me conhecer muito bem, a ponto de saber que uma decepção vinda de pessoas que eu amo é suficiente para me derrubar, logo, preciso ter cuidado, andar na ponta dos dedos. As pessoas nunca foram confiáveis, mas parece que a cada ano só piora. É tanta coisa acontecendo, crescendo, modificando, evoluindo tecnologicamente, que as pessoas lutam bravamente para correr atrás desse conhecimento para não ficar para trás, e se esquecem de evoluir e crescer espiritualmente, corrigir as próprias falhas, olhar mais para si mesmo, ao invés de dar atenção para a vida alheia. Nem eu sei dizer se sou mais mocinho ou vilão nessa vida, por que vocês que vivem fora de mim saberiam mais do que eu?